sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Crianças Especiais



Autismo



Definições:

O autismo é uma deficiência no desenvolvimento que se manifesta de maneira grave por toda a vida. É incapacitante e aparece tipicamente nos três primeiros anos de vida. Acomete cerca de 20 entre cada 10 mil nascidos e é quatro vezes mais comum no sexo masculino do que no feminino. É encontrado em todo o mundo e em famílias de qualquer configuração racial, étnica e social. Não se conseguiu até agora provar qualquer causa psicológica no meio ambiente dessas crianças, que possa causar a doença.

( Autism Society of American Associação Americana de Autismo-ASA).


Transtorno global do desenvolvimento caracterizado por: um desenvolvimento anormal ou alterado, manifestado antes da idade de três anos, e apresentando uma perturbação característica do funcionamento em cada um dos três domínios seguintes: interações sociais, comunicação, comportamento focalizado e repetitivo. Além disso, o transtorno se acompanha comumente de numerosas outras manifestações inespecíficas, por exemplo: fobias, perturbações de sono ou da alimentação, crises de birra ou agressividade. (CID-10 – 2000)

Causas:


Não se conhece a causa do autismo, mas, estudos de gêmeos idênticos indicam que a desordem pode ser, em parte, genética, porque tende a acontecer em ambos os gêmeos se acontecer em um. Embora a maioria dos casos não tenha nenhuma causa óbvia, alguns podem estar relacionados a uma infecção viral, fenilcetonúria que é uma deficiência herdada de enzima, ou a síndrome do X frágil. Além disso, pode-se admitir que tenha relação com fatos ocorrido durante a gestação ou parto.

Sintomas:


Os sintomas do autista, geralmente persistem ao longo de toda a vida e são verificados através de muita observação, tais como:

Usa as pessoas como ferramenta, isto é, aponta objetos para que as pessoas peguem para eles sem manifestarem esforço para faze-lo.


Resiste a mudanças de rotina.


Isola-se e não se mistura a outras crianças.


Não mantêm contato visual com outra pessoa.


Age como se fosse surdo, não atendendo a chamados.


Resiste ao aprendizado.


Apresenta apego a determinados objetos.


Não apresenta medo de perigos.


Gira objetos de maneira estranho e peculiar.


Apresenta risos e movimentos com relação a nada.


Resiste extremamente ao contato físico.


Acentuada hiperatividade física.


Às vezes torna-se agressivo, destrói objetos, ataca e fere pessoas aparentemente sem motivo.


Apresenta certos gestos imotivados como balançar as mãos ou ficar balançando-se.


Apresenta comportamento indiferente e arredio.


Cheira ou lambe os brinquedos.
Etc...

Diagnóstico


Não existem exames laboratoriais ou de imagem que diagnostiquem o autismo. Os pais são os primeiros a notar algo diferente nas crianças autistas. Quando bebê mostra-se indiferente à estimulação por pessoas ou brinquedos, focando sua atenção por longos períodos em determinados itens. Outras crianças começam com um desenvolvimento normal nos primeiros meses para mais tarde tornar-se isolado a tudo e a todos. Normalmente, o diagnóstico é feito clinicamente através de entrevista e histórico do paciente. No entanto, tem famílias que levam anos para perceber algo anormal na criança, causando atraso para o início de uma educação especial, pois quanto antes se inicia o tratamento, melhor é o resultado.

Tratamento


O tratamento deve ser feito por uma equipe multi e interdisciplinar:

Tratamento médico - formado por pediatra, neurologista, psiquiatra e dentista.


Tratamento não-médico - formado por psicólogo, fonoaudiólogo, pedagogo, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta e orientador familiar.


Contudo, a família e a base do tratamento com envolvimento total ao mesmo, estes devem procurar uma fonte de apoio que pode ser um terapeuta, um amigo, uma religião e lembrar-se sempre que o autismo é para sempre, mas não é uma sentença de morte e todos os familiares devem procurar se informar ao máximo sobre o autismo, para poder auxiliar no tratamento.


Os medicamentos continuam sendo componentes importante para o tratamento, porém nem todos os pacientes deverão utilizá-lo.


O sucesso do tratamento depende exclusivamente da dedicação qualificação dos profissionais que se dedicam ao atendimento, bem como a dedicação e empenho dos familiares.


Bibliografia:


MELLO, A. M. S. R, Autismo: Guia prático, 3ª Edição, São Paulo: AMA; Brasília: CORDE, 2004, 93p.

CAVALCANTE, A. E. C., ROCHA, P. S; Autismo, 2ª Edição, São Paulo – Casa do Psicólogo, 2002, 150p.
Para mais informações acesse:





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